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São Paulo ganha primeira unidade do Institut Pasteur no Brasil

Acordo para a instalação do complexo de laboratórios na USP foi assinado nesta sexta-feira (31) pelo governador Tarcísio de Freitas em Paris

31/03/2023 às 09h35
Por: Redaçâo Local Fonte: Secom Estado de São Paulo
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Foto: Reprodução/Secom Estado de São Paulo
Foto: Reprodução/Secom Estado de São Paulo

Maior polo de produção científica do País, o Estado de São Paulo tem, agora, um reforço de peso no setor. Nesta sexta-feira (31), foi formalizada a criação do Institut Pasteur de São Paulo, fruto de uma parceria entre o Institut Pasteur da França e a Universidade de São Paulo (USP). O governador Tarcísio de Freitas acompanhou a assinatura do contrato de parceria em Paris, capital da França.

Um dos focos do centro paulista é o estudo de novas viroses e a identificação de possíveis novas pandemias. Com a formalização da unidade, também poderão ser realizadas pesquisas científicas de classe mundial em uma série de tipos de doenças (transmissíveis e não-transmissíveis, emergentes, reemergentes, negligenciadas ou progressivas).

“É uma forma de trazer ciência, inovação, pesquisa e o compartilhamento de conhecimento para o Estado de São Paulo. Uma nação se desenvolve a partir do momento em que ela investe nessas áreas. Significa que as respostas serão cada vez mais rápidas e o Brasil estará inserido nesse contexto, nessa rede internacional de pesquisa de pronta resposta. Ficamos muito felizes e temos certeza de que o Brasil ganha muito com esse passo e o Estado de São Paulo está muito orgulhoso”, afirmou Tarcísio de Freitas.

Esta é a primeira unidade do centro de pesquisas francês no Brasil. A cerimônia também contou com as presenças do presidente do Institut Pasteur da França, Stewart Cole; do reitor da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Gilberto Carlotti Filho; do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan; do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marco Antonio Zago; e do diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.

A assinatura desta sexta-feira é o passo final de uma parceria iniciada em 2017 entre o Institut Pasteur e a USP. À época, foi firmado um convênio para a construção de uma plataforma técnico-científica entre as duas instituições – uma etapa intermediária antes da criação do instituto. No mesmo ano, foi dado início às obras de instalação do prédio da plataforma e da futura sede do Instituto na Cidade Universitária, na Capital. No ano seguinte, foram adquiridos os equipamentos necessários para o funcionamento da plataforma, ao custo de R$ 6 milhões. Os recursos são oriundos da Fapesp e do Institut Pasteur da França. As operações foram iniciadas em 2020.

Infraestrutura

O Institut Pasteur de São Paulo é sediado na Cidade Universitária da USP, em uma área de 1,7 mil m², que poderá abrigar até 80 pesquisadores simultaneamente. Ele conta com 17 laboratórios, sendo quatro de nível 3 de biossegurança, outros quatro de nível 2 e mais oito de nível 1. Também estão disponíveis aos cientistas uma plataforma de bioinformática e diversos laboratórios multiusuários.

O centro de pesquisas de São Paulo está integrado à Rede Pasteur, que conta com 34 polos de investigação científica em 25 países ao redor do mundo. Também será possibilitado o acesso a recursos financeiros para projetos e aos programas de mobilidade e de treinamento de pesquisadores da Rede Pasteur.

Relação histórica

O Brasil é parte da história do Institut Pasteur. Dom Pedro II era amigo do pesquisador Louis Pasteur e foi um dos sete doadores para a construção do centro de pesquisas francês. Por isso, há um busto do imperador brasileiro na instituição.

Além disso, diversos sanitaristas brasileiros também estudaram no Institut Pasteur. Um deles foi Oswaldo Cruz, fundador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O Institut Pasteur

O Institut Pasteur foi fundado em 1887, pelo microbiologista Louis Pasteur, criador da vacina antirrábica e do processo de pasteurização. A unidade é especializada no estudo da biologia dos microrganismos, das doenças causadas por eles e desenvolvimento de vacinas. Para se ter uma ideia, 10 pesquisadores do instituto já receberam o Prêmio Nobel.

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